Alguns crimes geram uma comoção pública tão profunda que toda a sociedade sente-se perturbada com a gravidade dos eventos. Esse foi o caso de Gilson Haskel, envolto em uma situação que culminou na morte horrenda de sua ex-esposa e seus filhos, uma ocorrência que despertou espanto e repulsa generalizados, tanto em Santa Catarina quanto no restante do país.
A extremidade da violência que levou ao homicídio da ex-companheira e dos dois jovens intensificou as discussões sobre segurança pública, justiça e os efeitos emocionais que tais cataclismos instigam nas comunidades.
Gilson Haskel, detido em agosto por assassinar sua ex-esposa Edinéia Telles e seus filhos Luan e Lyan, foi descoberto sem vida na sua cela em um presídio de segurança máxima localizado em São Cristóvão do Sul, SC.
Ele admitiu a autoria do crime quando foi capturado durante uma tentativa de fuga para o Paraguai. Em seu depoimento, Gilson forneceu pormenores sobre os assassinatos, confessando ter usado uma espingarda e um revólver para matar sua ex-mulher e os filhos antes de atear fogo no carro onde os corpos foram postos, encontrado em um local isolado em Ibirama, no Vale do Itajaí.
De acordo com os advogados de defesa, Gilson suicidou-se em sua cela, uma informação verificada pela administração da prisão. A motivação do crime, ocorrido em 29 de agosto, parece estar ligada a um padrão de conduta agressiva e problemas contínuos na relação entre Gilson e Edinéia após o término do casamento.
Em meio à investigação, as autoridades acabaram descobrindo que as armas empregadas no crime haviam sido ocultadas em propriedades da família.
A morte de Gilson na prisão e as circunstâncias chocantes deste caso trouxeram à tona novamente debates importantes sobre os impactos de crimes violentos e o papel das instituições penais na salvaguarda das vítimas em potenciais conflitos domésticos.
