O ex-apresentador Sikêra Jr. foi condenado à prisão após emitir comentários homofóbicos ao vivo, em junho de 2021, durante o já encerrado programa ‘Alerta Nacional’, conforme reportagens do Portal Holanda e confirmadas pela coluna de Gabriel Perline, do site ‘Terra’.
Seus ataques à comunidade LGBTQIAPN+, termos como “raça desgraçada” e “nojo de vocês” foram citados. A justiça, após mais de três anos de processo, reconheceu sua culpa, permitindo que substitua a reclusão por trabalho comunitário.
Contexto das declarações de Sikêra Jr.
Em dois episódios distintos do mesmo mês, Sikêra questionou a respeito de ter um filho gay e fez alusões pejorativas e homofóbicas durante uma discussão sobre uma campanha publicitária do Burger King. Ele descreveu a comunidade LGBTQIAPN+ utilizando termos discriminatórios e depreciativos.
Defesa e repercussão
Sikêra Jr. tentou se defender alegando que suas falas eram baseadas em seus valores conservadores, identificando-se como 'cristão' e 'defensor da família tradicional'. No entanto, suas justificativas não foram aceitas como atenuantes. O caso teve grande repercussão, levando o Ministério Público do Amazonas a investigar, após pedido do senador Fabiano Contarato.
Além disso, Sikêra afirmou ter sido prejudicado economicamente pela atuação do movimento ‘Sleeping Giants’, que influencia marcas a não apoiarem figuras e plataformas com discursos nocivos. Apesar de suas alegações, o tribunal considerou que suas ações configuram violação dos direitos humanos e ultrapassaram a liberdade de expressão.