O Aeroporto Internacional de São Paulo foi palco de um violento ataque a tiros na última sexta-feira, que deixou duas vítimas fatais, incluindo Celso Araujo Sampaio de Novais, um motorista de aplicativo de 41 anos. Celso foi baleado nas costas por um tiro de fuzil, mas ainda assim, conseguiu gravar um vídeo para sua esposa, Simone Novais, enquanto era transportado na ambulância.
Simone relata a experiência traumatizante: "Ele fala assim: 'levei um tiro, estou na ambulância. Aí, depois do vídeo, eu liguei em seguida. No que eu liguei, já deu caixa postal, né?" — ela comentou em entrevista à TV Globo.
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Ao receber uma ligação do amigo que acompanhava Celso, Simone correu para o Hospital Geral de Guarulhos. Lá, soube que ele já estava sendo operado e, posteriormente, seguiu para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou ao lado do marido até sua morte.
O casal, que vivia em Guarulhos e estava junto há 21 anos, havia planejado jantar juntos naquela noite, mas a tragédia impediu o encontro. Celso e Simone são pais de três filhos, com idades de 20, 13 e 3 anos.
O velório de Celso foi agendado para a segunda-feira seguinte ao ataque. Neste mesmo episódio, um funcionário terceirizado do aeroporto e uma mulher de 28 anos também foram feridos, mas sobreviveram.
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, alvo principal do ataque e delator do PCC, foi atingido por 10 tiros. A Polícia Civil contabilizou pelo menos 29 tiros de diferentes calibres disparados pelos criminosos, que continuam foragidos após o crime realizado à luz do dia.
Na investigação, a polícia localizou duas armas, um fuzil e uma pistola, próximo ao local do incidente. Ainda é incerto se estas armas foram utilizadas no ataque.
Este trágico evento destaca a crescente violência e os desafios que as forças de segurança enfrentam para conter facções criminosas no país.