O piloto, que escapou com vida do fatal acidente de helicóptero, relatou que a perda de orientação espacial, provocada por condições meteorológicas adversas, foi o principal fator que levou ao trágico acidente que causou a morte de um casal. Uma oficial da polícia, envolvida nas operações de resgate, confirmou essas informações.
A aeronave havia partido do heliporto Helicidade no bairro do Jaguaré, às 19h16, e enfrentou visibilidade reduzida logo após a decolagem rumo a Americana, São Paulo. O último registro do GPS ocorreu às 20h34, pouco antes do acidente.
André Feldman, de 50 anos, e Juliana Elisa Alves Feldman, de 49 anos, foram as vítimas fatais. A filha do casal, Bethina, de 12 anos de idade, sobreviveu e foi levada para o Hospital das Clínicas, onde estava prevista sua alta no dia seguinte, segundo a empresa onde André atuava como CEO.
A desorientação espacial, que teve um papel crucial no acidente, ocorre quando o piloto perde a noção de posição e movimento, podendo gerar ilusões sensoriais que afetam gravemente a segurança do voo.
Na noite do sinistro, um alerta de alagamentos severos tinha sido emitido para São Paulo, com intensas chuvas que começaram por volta das 17h e comprometeram a visibilidade e condições de voo.
O helicóptero envolvido, um Eurocopter EC130, está autorizado apenas para voos visuais pela Agência Nacional de Aviação Civil, não sendo adequado para operações por instrumentos, que dependem de navegação computadorizada.
Edenilson de Oliveira, o piloto que sobreviveu, recebeu cuidados médicos no Hospital das Clínicas. O trágico evento está sendo investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, que busca entender em detalhes as causas do acidente.
